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Ponto de Vista



sexta-feira, 17 de junho de 2011

Sou de Abaeté, sim senhor!


Eu sou da Pérola do Tocantins.
Eu sou do “Beco” do Pará,
Capital mundial do miriti, minha terra tem açaí.
Abaetetuba é o meu lar.

Eu sou das ilhas morenas, rodeadas de rios nascentes,
sou diferente, faceira,
Sou alegre e hospitaleira, genuína brasileira.
Eu sou abaetetubense.

A gente fala pai d’égua, a gente ri e proseia,
final de tarde na praça, amigos na frente da casa
assistindo o sol se pôr por horas e horas a fios,
depois de um dia de labor.

Lá tem gente de talento, de cultura, de renome.
Poetas encantadores, artesões e sonhadores
E os que partiram pra longe levando um pouco daqui.
Se o coração permitir, a saudade nos consome.

Nossa terra é conhecida porque tem moça bonita.
Tem homem forte e valente.
Tem beleza natural, tem festa, tem arraial.
É povo abaetetubense. É gente bem diferente, encantadora e legal.

Aqui tem pássaros e rios, tem lagos e igarapés.
Tem Beja, tem Pirocaba, tem redes e matapi.
Menino empinando pipa nas tardes quentes e azuis.

Ah, e as lindas noites de junho...
De fogos, estalinhos e suas fogueiras.
Manipulam e contagiam todo mundo
com a  alegria brejeira do povo de meu Abaeté.

Nossa terra tem povo rico
Rico de beleza, rico de sentimento.
Um povo que busca o sustento com honra e dignidade,
muito suor e talento.
Muitos tentam manchar com sangue
a honra do meu Abaeté.
 Mas nosso povo tem grande fé e caminha acreditando
Que tudo pode mudar, que tudo está melhorando.,
É só saber esperar. É só seguir confiando.

Abaetetuba querida, por Deus tu serás bendita.
É isso que a gente quer.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Estou me distanciando...


Estou me distanciando de tudo que me embaraça,
de tudo o que me atrasa e de tudo o me reduz.
Estou me distanciando de tudo que me ateísa,
fazendo-me incrédula das coisas sublimes e divinas.
Incrédula da fé que produz milagres
e do Deus maior de tudo o que há.
Estou me distanciando das bocas que maldizem e
que conseguem transformar ambientes saudáveis
em lugares infectados de negatividade.
Estou me distanciando das coisas medíocres,
das mentes anódinas, das cabeças machistas e dos seres hipócritas
que um dia, me fazeram desacreditar do que julguei como valor.
Estou me distanciando da falta de educação.
Do descaso com a natureza e do vandalismo pela minha pátria.
Mas em primeiro lugar:
Estou me distanciando do meu lado egoísta.
Da insensibilidade incontida em uma personalidade egocêntrica
que traduz indiferença pelo meu próximo,
De tudo que me afasta do seio do meu lar.
Da brutalidade e da ganância sem par.
Estou me distanciando do auto-aniquilamento.
Do autoflagelo, do desamor próprio.
Do desrespeito e da falta de dignidade...
Enfim... Por tudo o que realmente sou:
Um ser completo e aprimorado, um ser amado e criado
Para ser livre, para crescer.
Quero distância do que é nada...
Pra que vou me prender?
Por isso, com licença...
Fui!

segunda-feira, 28 de março de 2011

:)

O sorriso abre portas para a amizade,
dissipa a discórdia entre as pessoas e libera o perdão.
Traz luz para os olhos, alivia a alma e confraterniza os irmãos.
O sorriso transforma grandes personalidades em pessoas simples, humildes e amáveis. 
E pessoas simples, humildes e amáveis se tornam pessoas engrandecidas.
O sorriso de uma criança envergonha a apatia do adulto.
Aproxima pais de filhos, quebrando barreiras que distanciavam afetividades.
Reaviva o amor frio que já não se manifestava.
O sorriso aprova uma atitude e elogia a beleza.
Anestesia a dor na alma do abatido e destrói a solidão.
Traz conforto para o coração aflito e solitário.
Aquece o rejeitado, gera satisfação
e causa uma explosão de contentamento no carente
O sorriso extermina o gelo transformando ambientes fúnebres em casas de shows.
É o anticorpo necessário contra o estresse e a depressão.
Ele retarda o envelhecimento embelezando a face.
Ele traz leveza de espírito, bem-estar, equilíbrio mental
e libera a sensação de prazer e felicidade.
Mas isso, são apenas palavras escassas que conseguir externar diante dos mais variados e quem sabe até desconhecidos, benefícios do sorriso sincero.
O sorriso sincero estampado no rosto  é nossa matéria iluminada através de uma história digna da apreciação dos dissabores e das delícias dessa pratica maravilhosa que é a vida.

sábado, 5 de março de 2011

É possível viver em outro mundo?


Ontem pesquisando, folheando e lendo diversos artigos, observei    a predominância do seguinte tema "A degradação ambiental como consequência do descasso e da omissão humana" e isso chamou a minha atenção para escrever, pois percebi que vivemos dias tristes de pura contradição. De um lado, milhares de pessoas sofrem os efeitos colaterais das atitudes do "homem como ser racional," enquanto que de outro, as omissões humanas usurfluem os lucros desta atividade.
No primeiro semestre do ano de 2010, 50 das 62 cidades do estado do Amazonas decretaram estado de calamidade pública por causa da drástica redução das chuvas que acabaram acometendo-as na pior estiagem no período de quarenta anos. Isoladas, 71.000 famílias ficaram sem água potável e alimentos. O que assusta é o fato de como esta região vem sofrendo problemas desta categoria sendo rica em recursos ambientais, parece até ironia.
A parte ativa e responsável, não sofre nada com as consequências de suas atividades lucrativas. Vivem em seus palácios refrigerados, tem água em suas torneiras e suas famílias aproveitam seus belos banquetes enquanto que, a maioria flagelada por causa da ganância e descasso com a vida terrestre, sofre graves secas, escassez de alimentos e consequentemente com problemas de saúde.
Considero que o Brasil está em  um momento conveniente e oportuno para investir em novas formas de expandir a economia sem no entanto, continuar a agredir o meio ambiente. Com o melhoramento genético da cana e com o uso inteligente da irrigação é possível aumentar em 50% a produtividade da soja, diz o biólogo Fernando Reinach e segundo a Confederação de Agricultura e Pecuária (CNA), é possível dobrar a atividade agropecuária sem derrubar uma única árvore. Só que no Brasil é  mais barato desmatar do que investir em tecnologias, ainda sem contar com a falta de incentivos da própria legislação brasileira, afirma a senadora e presidente da  CNA, Kátia Abreu.
Diante dos fatos assustadores que prevalecem nos meios de comunicação e da omissão humana,  é emergente mudarmos de postura o quanto antes. É preciso inverstir em tecnologias de primeira linha para o constante avanço da economia brasileira sem esquecer da vida futura, e não custa nada nos tornarmos um pouco mais educados, separando o lixo e o destinando ao seu lugar que é devido, por exemplo. Vamos começar dentro de nossas casas e chegarmos a atitudes conscientes dentro de industrias e empresas ou então vamos ter que torcer para que seja possível viver neste misterioso mundo descoberto.
 

A mãe abandonante do século XXI

Por volta das 05 horas do dia 27 de fevereiro de 2011, foi encontrado em um igarapé seco nos fundos da casa do ambulante Valdir Fernandes, na ocupação Olho D'Água, periferia de Castanhal no estado do Pará, um bebê abandonado. Provisoriamente nomeado de José Expedito Magalhães ele ainda estava com o cordão umbilical enrolado no  pescoço.
Erinaura Nascimento Santos de 20 anos de idade jogou, no dia 24 de dezembro de 2010, o próprio filho recém-nascido envolvido em um saco plástico por cima de um muro de cerca de 02 metros de altura para o quintal do vizinho em Belém do Pará. A mulher disse que, o que fez tomá-la essa decisão foram as pressões da mãe. Erinaura está se submetendo a exames psicológicos.
Em toda a história da humanidade sempre existiu esse tipo de situação, mas as circunstâncias motivacionais variam muito de sociedade para sociedade. Um exemplo claro de que essa história é uma constante desde tempos imemoriais está na própria Bíblia com a história de Moisés. Sua mãe teve que abandoná-lo numa cesta em um rio, para livrá-lo das mãos do rei do Egito que queria matar todos os bebês homens menores de 02 anos de idade a fim de evitar uma explosão populacional escrava.
Mas hoje os fatores que levam a essa pratica estão muito distintos do qual motivacionou a mãe de Moisés, e um deles, embora não determinante, está na base de qualquer individuo, a familiar. Segundo os conhecimentos de Carolina Soejima e Lidia Weber no artigo O que leva uma mãe a abandonar um filho? Da Revista de Psicologia da ULBRA, ALETHEIA, a deficiência maternal está numa infância marcada pela miséria econômica, pais com relacionamentos instáveis, negligentes e violentos. E na sua maioria essas mães são adolescentes com faixa etária de 15 a 20 anos de idade que já haviam sido abandonadas pelos próprios pais. Solteiras por causa de uma relação incerta ou até mesmo eventual e tendo que enfrentar o julgamento alheio de uma sociedade discriminatória, são forçadas a ser tornarem chefes de família numa situação de escassez de possibilidades financeiras e psicológicas.  Estando na posição de mães imaturas vão cometer o abandono de seus próprios filhos.
O que observo quando a mídia mostra casos semelhantes a de Eurinaura, é o perfil de mulher que além de ter uma  infância marcada pelo abandono e a violência, acaba não tendo oportunidades de estudar e a profissão digna e certa, se mostra longe da sua realidade obscura, pois o abandono vai sair do meio familiar e expandir-se para a sociedade. Apresso-me a concluir desde então, que o abandono dos pais gera o abandono social, o que acaba amplificando a situação.           
 Portanto, o âmbito familiar é de extrema importância para a formação de pessoas dignas numa sociedade, pois, casamentos legais, relacionamentos estáveis entre pais e filhos, educação de qualidade para que filhos alcancem uma situação financeira certa e se tornem pessoas maduras o suficiente para a chegada dos seus, enfim, tudo isso faz com que as condições sejam as melhores possíveis para a maternidade. Tornando por fim, casos tristes como a de José Expedito Magalhães, menos freqüentes em nossa sociedade.